Como prevenir lesões no voleibol?
Partager
O voleibol i é o segundo desporto mais popular no mundo. Embora as equipas estejam separadas por uma rede, ainda existe o risco de lesões, tanto no voleibol de campo quanto no voleibol de praia. Como os jogadores usam repetidamente os ombros para sacar, golpear e bloquear, as lesões por uso excessivo do ombro são bastante comuns, assim como as entorses de tornozelo. Abaixo, conheça mais a fundo as principais lesões relacionadas a esse esporte!
Por que acontecem as lesões?
O voleibol é um esporte que exige que o jogador faça movimentos horizontais e verticais repentinos, de alto impacto e repetitivos. Esses movimentos são vistos em mergulhar para pegar uma bola, atacar, cavar e pular para bloqueá-la.
Essas atividades colocam um alto grau de estresse nas pernas, tornozelos e pés. Já os movimentos repetitivos feitos acima da cabeça, como cravar, bloquear e sacar a bola, colocam um alto grau de estresse nos ombros, braços, mãos e costas.
Por isso, os requisitos físicos do jogo podem causar dois mecanismos de lesão: lesões traumáticas e lesões por uso excessivo.
Lesões por uso excessivo são os efeitos cumulativos de colocar muito ou repetitivo estresse nos músculos, tendões, ligamentos, ossos e assim por diante, como o excesso de treinamento.
Quais são as lesões mais comuns no voleibol ?
1- Entorses de tornozelo
As entorses de tornozelo são as lesões agudas mais comuns do voleibol. A maioria dessas lesões ocorre quando o tornozelo inverte (rola para dentro).
Isso acontece mais frequentemente com o jogo na rede, onde os atletas fazem contato com o pé de outro jogador ao aterrissar de um salto.
Jogadas mais caóticas, como passes errados ou jogadas fora do sistema, também podem colocar os tornozelos em risco.
2- Lesões no ombro
Entre sacar, arremessar, passar, bater, bloquear e mergulhar, não deve ser surpresa que os problemas nos ombros estão entre as lesões mais comuns no voleibol.
Esse tipo de lesão no vôlei pode acontecer devido aos movimentos muito bruscos e repetitivos acima da cabeça, que podem levar à instabilidade nos ombros dos atletas.
Devido às posições extremas do braço para realizar esses movimentos, os músculos e ligamentos podem ficar estressados.
Estruturas dentro da articulação também podem sofrer impacto com esses movimentos extras, resultando em dor.
3- Lesões nos dedos/ mãos
Lesões nos dedos são comuns em jogadores de voleibol.
Entorses, luxações, fraturas e rupturas de tendões e ligamentos podem ocorrer a partir de uma variedade de atividades, desde o contato com a bola até o contato com outros jogadores.
Normalmente, as entorses e luxações ocorrem nas articulações dos dedos, principalmente com bloqueio na rede.
A posição generalizada dos dedos coloca uma tensão única na pele, causando fissuras que são extremamente difíceis de cicatrizar, mesmo com suturas.
4- Lesões nos joelhos (tendinite patelar)
Os saltos e aterrissagens repetitivas no voleibol, costumam causar dores na parte frontal do joelho.
Conhecida como tendinopatia patelar, envolve o tendão patelar que conecta a rótula à tíbia. Esse tendão ajuda o quadríceps a endireitar a perna, impulsionar os movimentos de salto e estabilizar a aterrissagem após um movimento de salto.
Uma vez que o mecanismo de lesão frequentemente envolve o estresse repetitivo colocado no joelho pelo salto, a tendinopatia patelar é frequentemente chamada de joelho de saltador.
Esta é uma lesão que normalmente ocorre com o tempo, em vez de um evento traumático
5- Dor lombar
A dor nas costas relacionada ao voleibol pode vir tanto de inclinar-se para frente (passar ou seguir em um saque/golpe) ou inclinar-se para trás (posicionando ou iniciando um saque/ golpe).
Essa inclinação pode causar problemas nos discos entre os ossos da parte inferior da coluna.
A dor inclinada para trás pode também causar lesões nos ossos ou nas articulações.
Como prevenir?
Embora os atletas do voleibol se lesionem com menor frequência em comparação com outros esportes, diversas medidas devem ser adotadas para diminuir o risco de ocorrência de lesões.
Os bloqueios e as cortadas repetitivas podem levar a lesões por sobrecarga do ombro (overuse). Luxação (deslocamento) e lesões de tendões nos dedos das mãos podem ocorrer durante o bloqueio. Ao invadir a quadra adversária, no momento da aterrissagem após um salto, o atleta pode pisar no pé do adversário e torcer o tornozelo
Preparação
-Condicionamento físico: mantenha-se sempre ativo, através de um programa de treinamento de força, aeróbico (cardiovascular) e flexibilidade.
-Aquecimento: prática fundamental para diminuir o risco de lesões, em especial as lesões musculares. O aquecimento (ou alongamento dinâmico) consiste na execução (repetida e em intensidade leve) dos movimentos que serão realizados durante o esporte; o mesmo deve ser associado ao alongamento estático, o qual não deve ser vigoroso e não deve ter movimentos abruptos (balísticos). O aquecimento muitas vezes é negligenciado pelos atletas amadores.
-Retorno à calma: consiste em alongamento estático após a prática da atividade física, o que ajuda a manter flexibilidade e diminui a ocorrência de dor muscular após exercício.
-Proteção solar: ao jogar em quadra ao ar livre, usar protetor solar (FPS>15), óculos de sol e boné/viseira.
Equipamento
-Ténis com bom amortecimento e suporte para o tornozelo;
-Joelheiras para proteção durante quedas ou mergulho na quadra;
-Considere o uso de tornozeleira (ou bota de esparadrapo) para proteção contra entorse de tornozelo;
-O campo deve ter espaço livre, tanto nas laterais quanto acima da mesma, de ao menos 7 metros. Objetos como traves de futebol, tabelas de basquete e equipamentos de iluminação devem ser retirados do espaço acima da quadra, protegendo jogadores e evitando contato inadvertido da bola com tais estruturas.
-Caso a rede de voleibol seja segurada por cabos, estes devem ser cobertos por material macio, permitindo que o atleta veja sua existência e seja protegido contra colisões inadvertidas;
-Durante a jogada, comunique-se e alerte os atletas do time ao se dirigir para a bola, diminuindo o risco de colisão com os companheiros de equipe.
Além disso, é importante ter conhecimentos em primeiros-socorros, a fim de atender o atleta em eventuais lesões leves; e disponibilidade de acesso rápido a serviço médico de urgência, em casos raros de lesões mais graves, como concussão cerebral.